sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Olhe pelas brechas - CEU Alvarenga/DANÇA - Artista Orientador: Junior Gonçalves

Ensaio de pesquisa Programa Vocacional 2014
Artista Orientador: Junior Gonçalves
Linguagem: Dança
Equipamento: CEU Alvarenga
Coordenadora: Elenita Queiroz


“Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza”
                                                                                  Clarisse Lispector

memória
investigação
averiguação 
pesquisa
busca
exploração 
indagação
recolhimento
análise 
estudo  
verificação
 informação 
escuta
levantamento 
panorama 
sondagem
poesia

A ordem e as palavras que descrevi, tanto pode ser trocada, revisitada ou até não acordada.
A pesquisa é um disparador para o que virá, e em muitas vezes só reconhecida e entendida quando se olha para traz e enxerga o seu rastro.

Depois de viajar pela zona norte (Biblioteca Afonso Schimdt) e zona leste (CEU Aricanduva), novas experiências dentro do Programa Vocacional, rastros, an danças por outros pontos da cidade, vendo outros jeitos, outras maneiras de criar e se manifestar. Falando em manifestação (artística)  dentro do programa, ela se dá de forma muito peculiar em cada equipamento, em cada turma ou grupo.
Zona Sul, CEU Alvarenga, o retorno.
Como reencontrar antigos e novos vocacionados, antigos e novos espaços, antigas e novas relações... Me parece tudo muito novo, e ao mesmo tempo familiar. Lançados novos desafios, novos olhares, novas relações.

O lugar de ser e estar...

Algumas perguntas...

Onde as referências entre AO’s e  vocacionados se encontram?
E ai? O que a gente faz agora?
O que é esse encontro?
Qual o lugar deste artista orientador?
Expectativas  x  frustrações
O que ficou disso? O que faço com isso? Faria diferente?

Palavras-chave (de acordo com os relatos dos vocacionados)

Olhar              Diálogo corporal        Entrega           Disponibilidade          Possibilidade
Amizade          Alegre             Coragem         Estrela            Disposição      Criatividade
Felicidade       Disponibilidade (novamente)


Cada contexto exige um tipo de ação...
Conhecer melhor o universo do próprio corpo, criando condições para vivências mais plenas e profundas (Toques sutis)

“Nadismo” não fazer nada
- Fronteiras
- Tempo/espaço/forma/fluência
- Diversão não está descolada do comprometimento
- Brincar com a seriedade de uma criança
- Lúdico não como um lugar de pode tudo

Outras perguntas...
- O que está em jogo?
- O quanto estamos abertos?
- O que provoca?
- O que reverbera?

Outras palavras...

Equilíbrio precário                        Intimidade                  Diálogo           Fluxo
Ondulação/sons/ondas             Percepção          Olhar                Direção
Leveza             Emoção           Reverberação                Harmonia       Surpreendente


Experiência/encontro expandido sobre as reuniões:

Mais perguntas...
Qual o nosso propósito enquanto orientador?
Como construir o espaço de estar com?
Artista e orientador que encontro é esse?
Relação da demanda, por que elas procuram, por que gostam, por que se identificam?

Mais palavras...
A caneta passa a levar                      Sintonia                      Não vou saber não
Liberdade       Resistência     Coragem         Paz          Felicidade                      Amor
Abrigo                                    Ah eu tô pensando


Vocacionado pesquisador capacidade de:
- se encantar com histórias alheias
- ficar perplexo
-fazer perguntas mais fundas a cada vez
-arriscar hipóteses, de errar, pedir ajuda
- inventar e inaugurar situações
- rever certezas
- ampliar a sua condição de dizer: com seu corpo, sua voz, seus gestos, seu brilho nos olhos, pelos seus poros, sua expressão

Mais e mais palavras...
Viajando no além
Esqueceu que estava conduzindo
Perceber o piso, a pisada, o barulho
Entrega
Cair junto
Tensão/atenção

Nada está vazio
Simplicidade/realidade/concretude/referência
Trabalhando a referência de outro tempo
Como esta memória se articula com o que eles são hoje?


Na busca de ajudar a criar um espaço de encontro e relação entre artistas vocacionados, artista orientador, equipamento, sociedade, público, empresto o   pensamento de Nicolas Bourriaud e do conceito de Estética Relacional.
“Não podemos afirma que a arte contemporânea não desenvolve um projeto político-cultural. O autor situa a produção dos artistas como indissociável de sua relação com o público, o que ele vai chamar de arte relacional. Dentro da sua análise, houve uma mudança significativa na mentalidade da humanidade depois da Segunda Guerra Mundial, com o crescimento extraordinário dos intercâmbios sociais e o desenvolvimento das redes de telecomunicações, e assim de conexões de lugares antes isolados. Como afirma Rousseau, o regime do encontro intensivo entre os homens, transformou a civilização, e consequentemente, assevera Bourriaud, modificou as práticas artísticas, pois hoje a obra de arte pode fazer um intercâmbio ilimitado. Assim, hoje, a arte, tem como tema central a relação, o estar junto, o encontro propriamente dito. A arte é lugar de produção de uma sociabilidade, é o espaço dos encontros.”

 “Cada pessoa é um planeta”
                                   Cris Ávila

“ Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo”
                                                                       Guimarães Rosa”



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