Olhe pelas brechas - CEU Alvarenga/DANÇA - Artista Orientador: Junior Gonçalves
Ensaio de
pesquisa Programa Vocacional 2014
Artista
Orientador: Junior Gonçalves
Linguagem:
Dança
Equipamento:
CEU Alvarenga
Coordenadora:
Elenita Queiroz
“Um dia uma
folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza”
Clarisse
Lispector
memória
investigação
averiguação
pesquisa
busca
exploração
indagação
recolhimento
análise
estudo
verificação
informação
escuta
levantamento
panorama
sondagem
poesia
A
ordem e as palavras que descrevi, tanto pode ser trocada, revisitada ou até não
acordada.
A pesquisa é um disparador para o
que virá, e em muitas vezes só reconhecida e entendida quando se olha para traz
e enxerga o seu rastro.
Depois de viajar pela zona norte (Biblioteca Afonso Schimdt)
e zona leste (CEU Aricanduva), novas experiências dentro do Programa
Vocacional, rastros, an danças por outros pontos da cidade, vendo outros
jeitos, outras maneiras de criar e se manifestar. Falando em manifestação
(artística) dentro do programa, ela se
dá de forma muito peculiar em cada equipamento, em cada turma ou grupo.
Zona
Sul, CEU Alvarenga, o retorno.
Como reencontrar antigos e novos vocacionados, antigos e
novos espaços, antigas e novas relações... Me parece tudo muito novo, e ao
mesmo tempo familiar. Lançados novos desafios, novos olhares, novas relações.
O
lugar de ser e estar...
Algumas perguntas...
Onde
as referências entre AO’s e vocacionados
se encontram?
E
ai? O que a gente faz agora?
O
que é esse encontro?
Qual
o lugar deste artista orientador?
Expectativas x
frustrações
O
que ficou disso? O que faço com isso? Faria diferente?
Palavras-chave (de acordo com os relatos dos vocacionados)
Olhar
Diálogo corporal Entrega Disponibilidade Possibilidade
Amizade Alegre Coragem Estrela Disposição Criatividade
Felicidade Disponibilidade (novamente)
Cada
contexto exige um tipo de ação...
Conhecer
melhor o universo do próprio corpo, criando condições para vivências mais
plenas e profundas (Toques sutis)
“Nadismo”
não fazer nada
- Fronteiras
- Tempo/espaço/forma/fluência
- Diversão não está descolada do comprometimento
- Brincar com a seriedade de uma criança
- Lúdico não como um lugar de pode tudo
Outras
perguntas...
-
O que está em jogo?
-
O quanto estamos abertos?
-
O que provoca?
-
O que reverbera?
Outras
palavras...
Equilíbrio
precário Intimidade Diálogo Fluxo
Ondulação/sons/ondas Percepção Olhar Direção
Leveza Emoção Reverberação Harmonia Surpreendente
Experiência/encontro
expandido sobre as reuniões:
Mais
perguntas...
Qual
o nosso propósito enquanto orientador?
Como
construir o espaço de estar com?
Artista
e orientador que encontro é esse?
Relação
da demanda, por que elas procuram, por que gostam, por que se identificam?
Mais
palavras...
A
caneta passa a levar Sintonia Não vou saber não
Liberdade Resistência Coragem Paz Felicidade Amor
Abrigo Ah eu tô
pensando
Vocacionado
pesquisador capacidade de:
-
se encantar com histórias alheias
-
ficar perplexo
-fazer
perguntas mais fundas a cada vez
-arriscar
hipóteses, de errar, pedir ajuda
-
inventar e inaugurar situações
-
rever certezas
-
ampliar a sua condição de dizer: com seu corpo, sua voz, seus gestos, seu
brilho nos olhos, pelos seus poros, sua expressão
Mais
e mais palavras...
Viajando
no além
Esqueceu
que estava conduzindo
Perceber
o piso, a pisada, o barulho
Entrega
Cair
junto
Tensão/atenção
Nada
está vazio
Simplicidade/realidade/concretude/referência
Trabalhando
a referência de outro tempo
Como
esta memória se articula com o que eles são hoje?
Na busca de ajudar a criar um
espaço de encontro e relação entre artistas vocacionados, artista orientador,
equipamento, sociedade, público, empresto o
pensamento de Nicolas Bourriaud e do conceito de Estética Relacional.
“Não podemos afirma que a arte contemporânea não desenvolve um projeto
político-cultural. O autor situa a produção dos artistas como indissociável de
sua relação com o público, o que ele vai chamar de arte relacional. Dentro da
sua análise, houve uma mudança significativa na mentalidade da humanidade
depois da Segunda Guerra Mundial, com o crescimento extraordinário dos
intercâmbios sociais e o desenvolvimento das redes de telecomunicações, e assim
de conexões de lugares antes isolados. Como afirma Rousseau, o regime do
encontro intensivo entre os homens, transformou a civilização, e
consequentemente, assevera Bourriaud, modificou as práticas artísticas, pois
hoje a obra de arte pode fazer um intercâmbio ilimitado. Assim, hoje, a arte,
tem como tema central a relação, o estar junto, o encontro propriamente dito. A
arte é lugar de produção de uma sociabilidade, é o espaço dos encontros.”
“Cada pessoa é um planeta”
Cris Ávila
“
Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo”
Guimarães
Rosa”
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