sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

:: ESPAÇO :: sobre experiências na Casa de Cultura do Itaim Paulista

ESPAÇO
Sobre experiências na Casa de Cultura do Itaim Paulista

Por Beatriz Cruz
AO de Teatro

Do espaço material ao imaterial, dos verbetes do Michaelis às experiências de 2015 no Vocacional. O espaço aqui é necessariamente o entre. Entre os corpos que transitam das casas ao lugar de orientação. Entre singularidades que emergem dos encontros. Entre subjetividades que se delineiam no percurso entre vida e arte. Entre uma porção de lugares com especificidades e contornos distintos: uma casa com dois andares, varanda, uma sala de espelhos com muitas janelas, uma sala preta com um tablado quadrado no meio, uma cozinha e uma horta; uma praça em forma de gota, com caminhos feitos de pedra, grama, grandes árvores e bancos de madeira; uma parte da cidade, ruas, muros, calçadas, faixas de pedestre, pontos de ônibus e uma estação de trem com dois lados de saída.

Um olhar sobre como o diálogo com o espaço potencializou o processo criativo das turmas do Vocacional Teatro na Casa de Cultura do Itaim Paulista em 2015 (turma 1 – 4a Feira e turma 2 – Domingo). Propostas para fazer emergir questões, aquilo que pede passagem; para instaurar novas formas de convivência e novos territórios de aprendizagem e criação.


ESPAÇO
Definição1
Extensão tridimensional ilimitada ou infinitamente grande,                                que contem todos os seres e coisas e é o campo de todos os eventos. (Dicionário Michaelis)

O espaço como este campo expandido de todos os eventos. Um ambiente de contaminação onde habitamos e que ao mesmo tempo nos habita. Sua infinitude se reflete nos corpos que estão, que passam, que compõe sua dimensão. O trabalho começa nesse duplo caminho, para sentir a tridimensionalidade ilimitada no meu próprio corpo.

“Nossa comunidade nos ajuda a determinar a natureza de nossa compreensão sempre coerente com o mundo ao nosso redor. O organismo e o ambiente não são realmente determinados de maneira separada. O ambiente não é uma estrutura imposta do exterior aos seres vivos, mas de fato, uma criação co-evolutiva com ele. (…) Falar em co-evolução significa dizer que não é apenas o ambiente que constrói o corpo, nem tampouco o corpo que constrói o ambiente. Ambos são ativos o tempo todo[1]  Christine Greiner

Proposta A. Cartografia
Uma cadeira. Linhas de barbante. Cartolina ou Papel. Canetas, lápis, durex colorido. Traçar o percurso da casa de cada um até a Casa de Cultura. Criar no papel uma cartografia com marcos afetivos. O que chama sua atenção nesse caminho? A cadeira é colocada no centro. Ela representa a Casa de Cultura. A frente da cadeira, a frente da casa. Cada corpo amarra sua linha no pé da cadeira. Traça o caminho até a sua casa. No fim da linha seu sapato e sua cartografia são colocados. Percorrer a sua linha. Percorrer todas as linhas. Alinhar-se aos fios. Articular o seu corpo a partir do desenho de cada linha. Traçar o caminho com a sua coluna.

 






Definição2
Distância linear entre duas coisas, objetos etc; intervalo.
Linha que se imagina por um ponto movendo-se. (Dicionário Michaelis)

O espaço como a distância entre os corpos, entre eu e o outro, entre eu e um objeto qualquer, entre eu e uma arquitetura. Corpo ao lado de corpo formando um novo espaço, uma roda, por exemplo. Um espaço delimitado de jogo. O espaço como percurso, como linha desenhada pelo corpo em movimento. O corpo-partícula que se desloca e cria um campo perceptivo.

“O caminhar, mesmo não sendo a construção física de um espaço, implica uma transformação do lugar e dos seus significados. A presença física do homem num espaço não mapeado – e o variar das percepções que daí ele receba ao atravessá-lo – é uma forma de transformação da paisagem que, embora não deixe sinais tangíveis, modifica culturalmente o significado do espaço, e consequentemente, o espaço em si, transformando em lugar. O caminhar produz lugares”[2]. Francesco Careri

Proposta B. A Roda
Uma roda, todos em pé. Participantes trocam de lugar um de cada vez. Uma pessoa inicia o jogo. Olha para outra pessoa da roda e vai em direção ao lugar dela. Esta última pessoa então repete a ação. Olha para outra pessoa e também vai em direção a ela. O jogo segue-se formando uma série de linhas invisíveis. As variações de como fazer o percurso e a troca de lugar são infinitas. Assim como as linhas que se criam.

Proposta C. Dar e roubar o foco
Espalhados. Quem anda tem o foco. Apenas um jogador tem o foco por vez. Quem para, dá o foco. Quem anda, rouba o foco. As variações de como andar e onde parar são infinitas. Assim como as linhas que se criam.

Propostas detonadas no início do processo com ambas as turmas. A Cartografia surgiu depois de uma provocação na reunião de equipe, uma forma de apreensão e relação com um novo território. A forma de fazê-la vem emprestada da pesquisa em intervenção urbana realizada desde 2010.  A “Roda” era a forma de chegada, recepção e instauração de jogo. Repetida quase todos os dias no início dos encontros, vem emprestada do trabalho com a Técnica Klauss Vianna. O “Dar e roubar o foco” fez surgir espaços não geométricos, era um jogo aberto o suficiente para deixar vir as necessidades dos corpos. Vem emprestado e adaptado da Viola Spolin. Todas, propostas irradiadoras para trabalhar a relação corpo-ambiente e a ideia de transformação do espaço em lugar afetivo e singular, deixando emergir daí questões de interesse dos grupos.
“O surgimento de uma questão se dá sempre a partir de problemas que se apresentam num dado contexto, tal como atravessam nossos corpos, provocando uma crise de nossas referências. É o mal-estar da crise que desencadeia o trabalho do pensamento – processo de criação que pode ser expresso sob forma teórico-verbal, mas também plástica, musical, cinematográfica, etc. ou simplesmente existencial. (...) Seja qual for o canal de expressão, pensamos/criamos porque algo de nossas vidas nos força a fazê-lo para dar conta daquilo que está pedindo passagem em nosso dia a dia”[3].
As questões que surgiram em cada turma conduziram os processos cada um por um caminho diferente.
Definição4
Porção dessa extensão em dado instante (como o espaço ocupado por um corpo; o espaço dentro de uma esfera oca; um espaço de dez metros cúbicos). (Dicionário Michaelis)

O espaço como uma porção definida. Onde estou? Qual o espaço que ocupo? O que define esse espaço? Onde estão os outros?

Corpos que são onde.

A partir da Cartografia a turma de quarta se interessou pela cidade, pelo percurso até chegar na Casa de Cultura. Quis ver e falar sobre os pontos e marcos que já existiam e não existem mais. Quis pensar no que se vê e o que se enxerga, mas não se vê. Quis ir pro espaço urbano. Ao mesmo tempo, o “Dar e Roubar o foco” parecia uma metáfora da vida na cidade. Dos encontros e desencontros, dos fluxos e dos espaços de circulação. Surgiu a vontade de fazer o jogo no espaço público. Fomos para praças, ruas e a estação de trem do Itaim.

O trabalho na rua seguia, enquanto aparecia o desejo por um material textual. Depois de algumas propostas, por indicação de uma artista orientadora da equipe, chegou-se ao conto “O Homem no Círculo”.

Proposta D. O Círculo – percurso entre o dentro e o fora
Trabalho a partir do conto “O Homem no Círculo”, de Mattéi Visniec. O conto narra a história de uma cidade onde cada habitante, com um giz magnético, consegue se isolar do mundo. No círculo não se ouve o barulho da rua. Apenas a pessoa pode riscar ou criar seu próprio círculo. A novidade do giz se espalha e aos poucos todos se metem em seus círculos. Alguns passam a ficar mais de 20 anos dentro. Começam a aparecer casos quem que as pessoas não conseguem sair. No final, os círculos dominam as pessoas, que poderão não sair jamais.


Como uma grande metáfora de toda a relação com o espaço, o trabalho que se seguiu mesclou momentos dentro da Casa de Cultura e fora. Fora, foram criadas intervenções urbanas para serem feitas na Estação do Itaim Paulista, explorando seus dois lados de saída. Dois lados e territórios diferentes. Fazer dos dois lados e perceber no corpo as diferenças. As diferenças e contradições postas e próprias dessa divisão que separa pessoas e cria uma espécie de fronteira imaginária. A linha do trem metáfora de uma linha imaginária. Fazer dos dois lados e perceber que não há diferença porque os dois lados estão em cada corpo.

 




  
[Intervenções criadas a partir do conto O Homem no Círculo, na Estação do Itaim.]

Dentro, no espaço do teatro, foram criadas cenas que exploraram outros significados para o círculo. O círculo como o espaço de um eterno retorno, do infinito. Ou ainda do círculo como uma casca. A casca que como superfície que protege, que aprisiona, que isola.






[Cenas criadas a partir do conto O Homem no Círculo para espaços internos da Casa.]


A partir da Cartografia a turma de domingo se interessou pela Casa de Cultura. Ninguém conhecia este espaço definido com seus inúmeros espaços indefinidos. Ao mesmo tempo, a “Roda” e o “Dar e Roubar o foco” se desenvolveram para a criação de histórias e fábulas.  Iniciou-se uma série de caminhadas pela casa inspiradas por mitos gregos pesquisados com o grupo.

Proposta D. Caminhadas e mitos
(Vide no final as propostas na íntegra)

Instruções para andar pela casa I e II:
Duas propostas de deambulação pela Casa de Cultura, buscando perceber e criar relações com os espaços e destes com os mitos.

Coleta de objetos: Andar pelo espaço da casa e seu entorno. Coletar objetos do tamanho de uma polegada, do tamanho do seu antebraço, do tamanho da sua mão e do tamanho da coxa. Criar uma imagem de algum mito com os objetos.

Instruções para andar na praça: Proposta de deriva pela praça na frente da casa a partir das imagens escolhidas.



                     

Instalações com os objetos encontrados]




Dentro das instruções para andar pela praça, havia a pergunta: “O que tem de labirinto na tua vida ou no seu dia a dia?”. Essa questão fez surgir o Labirinto do Pensamento e o Labirinto das “Perguntas Sem Resposta”, materializados numa instalação e numa proposta de perguntas para serem escritas em locais no entorno da Casa.


[Cartografias deambulação Labirinto do Pensamento]


[Maquete Labirinto do Pensamento]





[Instalação Labirinto do Pensamento]




UM LABIRINTO
DE PERGUNTAS
SEM RESPOSTAS
PARA
NÃO PRECISAR
FICAR
NO MESMO
LUGAR.
POR QUE NÃO?
O QUE TE IMPEDE?
PENSAR DEMAIS
FAZMAL?
COMO
VOCÊ SE MANTEM
NO PRESENTE?
ISSO É
QUEM EU
REALMENTE
SOU
OU
QUEM EU
TENTO SER?
FAZ DIFERENÇA?
COMO
DESAPEGAR
DA IDEIA
DE QUEM
VOCÊ
É?
OLHOU
A SUA VOLTA?
ESTÁ
OLHANDO
A SUA VOLTA?

[Mapa para o Labirinto de Perguntas Sem Resposta e texto para ser escrito em locais no entorno da Casa].


Propostas na íntegra para Caminhas e Mitos:

Instrução para andar pela casa I - Mitos

- Escolha um desenho feito na parede da casa. Fique de costas para o desenho que escolheu.
- Ande para frente até encontrar uma porta, entre.
- Sente-se por alguns minutos e olhe esse espaço. Que cores ele tem? É escuro ou claro? O que mais você consegue perceber dele?
- Pense numa imagem que esse lugar te lembra ou faz você pensar. Desenhe essa imagem atrás desse papel. 
- Se esse espaço tiver uma outra porta, saia por ela. Senão, saia pela porta que entrou.
- Escolha se irá para esquerda ou direita. Quando escolher, continue andando para frente bem próximo da parede até um obstáculo te fazer parar.
- Pare e olhe para cima. O que você vê? Céu ou teto? Abra o papel com o numero 1. (No papel 1 – Labirinto de Creta)
- Depois que ler, continue andando até encontrar um lugar que você ache confortável para sentar. Leia o papel com o numero 2 (Mito de Icaro e de Ariadne). Se o que você leu te fez pensar ou lembrar de algo, escreva. Essa história tem a ver com esse lugar que você está? O que você mudaria nessa história para ela se relacionar com esse espaço?
- Quando terminar de ler e escrever o que pensou, corra (vá correndo mesmo!) até o primeiro lugar que você entrou. Sente num lugar oposto, ao que você sentou quando entro pela primeira vez. Olhe novamente esse espaço. Ele está igual? Como é olhar o mesmo lugar de um ponto diferente?
- Crie uma imagem nesse espaço.
- Quando terminar de escrever vá para o lugar onde nos encontramos no começo do encontro e espere todos chegarem. Espere em SILÊNCIO. Quando todos estiverem no local ...

Instruções para andar pela casa II – Fio de Ariadne

Escolha para começar o lugar da casa em que você se sente mais confortável. Olhe esse lugar. É claro ou escuro? Qual a cor das paredes? Tem muitos desenhos?
Escolha um desenho que esteja nesse espaço. Feche os olhos e pense nesse desenho com a sua mente. Imagine esse desenho se mexendo. O que ele faz? Você consegue imaginar uma história curta com ele?
Escreva.
(Se não tiver desenho no espaço, feche os olhos, fique olhando a parede em branco por alguns segundos e veja se algum desenho se forma na sua cabeça)
Agora, vá correndo para o local que menos te agrada na casa. Escolha um canto. Fique ai por alguns segundos. Dê um grito e saia imediatamente.
Jogue o dado. Se cair ímpar, você deve virar à esquerda. Se cair par, você vira à direita. Vá na direção que o dado indicou. Continue andando e jogando o dado. Continue o jogo até chegar numa escada.
Você irá subir a escada bem lentamente, muito muito devagar. Mas atenção as instruções antes de subir!
As escadas se sobem de frente, pois de costas ou de lado tornam-se particularmente incômodas. A atitude natural consiste em manter-se em pé, os braços dependurados sem esforço, a cabeça erguida, embora não tanto que os olhos deixem de ver os degraus imediatamente superiores ao que se está pisando, a respiração lenta e regular. Para subir uma escada começa-se por levantar aquela parte do corpo situada embaixo à direita, quase sempre envolvida em couro ou camurça e que salvo algumas exceções cabe exatamente no degrau. Colocando no primeiro degrau essa parte, que para simplificar chamaremos pé, recolhe-se a parte correspondente do lado esquerdo (também chamada pé, mas que não se deve confundir com o pé já mencionado), e levando-a à altura do pé faz-se que ela continue até colocá-la no segundo degrau, com o que neste descansará o pé, e no primeiro descansará o pé. (Os primeiros degraus são os mais difíceis, até se adquirir a coordenação necessária. A coincidência de nomes entre o pé e o pé torna difícil a explicação. Deve-se ter um cuidado especial em não levantar ao mesmo tempo pé e o pé.)
Chegando dessa maneira ao segundo degrau, será suficiente repetir alternadamente os movimentos até chegar ao fim da escada”.
Quando chegar no final da escada, procure fios vermelhos. Existem 3 fios que levam a locais diferentes. Você deve seguir cada fio de uma vez.
Em cada lugar que o fio te levar, siga as instruções. Depois de ter seguido os 3 fios, volte ao ponto de encontro.


Instruções para andar pela praça

Olhe para os seus pés. Caminhe pela praça. Siga seus pés até onde os seus passos quiserem ir, até onde seus pés quiserem pisar.
Tire fotos do seu pé nesse chão.
Escolha um lugar da praça para deixar sua pegada.
Faça nesse local a sua calçada da fama!
Assine seu nome.
Marque suas mãos.
Tire um self.
Desenhe no espaço outra parte do seu corpo, aquela que você gostaria de guardar nesse espaço. Deixe uma prova de que você esteve aqui.
Escolha um caminho e vá até o lado oposto ao que você está.
Olhe para todos os lados. Você sabe onde está o norte? O sul, o leste, o oeste?
Olhe para o céu. Tire uma foto dele... qual parte do céu você escolhe para tirar foto?
Olhe para o sol. É possível ver o sol hoje? Você sabe dizer onde o sol nasceu? Você sabe dizer onde você nasceu? E onde você mora?
Vire seu corpo na direção da sua casa.
Se você tivesse que escolher um lugar da praça para ser a sua casa, qual seria? Vá até esse espaço e marque que ali é a sua casa.
Feche os olhos por alguns instantes e ouça os sons. Quando você abrir os olhos, estará em outra CIDADE. Sua casa fica em outra cidade. Não é São Paulo, tem outro nome... escreva no chão o nome dessa nova cidade. Agora você está nela. Essa cidade tem ruas, muitas ruas.
Ande pelas ruas dessa cidade por um tempo até chegar na Rua Principal. Onde é a rua principal? Ela tem um nome? Se sim, escreva no chão.
O que tem na Rua Principal? Descreva.
Parece que aconteceu nessa Rua uma situação FANTÁSTICA, INACREDITÁVEL, ESTRAORDINÁRIA! O que aconteceu? Escreva nesse pedaço de papel
Guarde o papel com você e olhe novamente para todos os lados. Se você tivesse que escolher um lugar para guardar ou esconder uma CAIXA nessa praça, qual seria? Vá até esse espaço.
Quando chegar, olhe ao redor... como é ver a praça desse lugar? Alguém está olhando pra você? Disfarce. Esconda o papel sem que ninguém veja.
Saia correndo e se esconda em outro lugar.
Você está num LABIRINTO. Ande como se estivesse perdido. Em quanto anda, responda a pergunta: o que tem de labirinto na tua vida ou no seu dia a dia?
Ande até encontrar a grama onde ela parece estar mais viva.
Passe por uma árvore que pareça estar morta.
Procure a árvore mais bonita.
Suba num banco e veja o labirinto de cima.
Onde você está agora? Desse lugar, procure um espaço ideal que sirva de TRONO. Você precisará de DOIS TRONOS! Vá até lá.
Você escolhe quem sentará nos tronos. Escreva o nome dos donos do trono (Não precisam ser os reis que lemos nas histórias... inventem outros personagens!)
Agora, guie os donos dos tronos até o local onde você escondeu o papel. Use a linha para marcar o caminho (lembre de amarrar a linha em algum local para que o caminho fique marcado!)
Volte ao ponto de encontro.







[1] GREINER, Christine. O Corpo: pistas para estudos indisciplinares – São Paulo – Annablume, 2005. Página 43
[2] CARERI, Francesco. WALKSCAPES – o caminhar como prática estética. São Paulo: Editora G.Gilli, 2013.

[3] ROLNIK, Geopolítica da Cafetinagem. 2006 - Disponível em: http://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/Geopolitica.pdf Acesso em: 18 nov. 2015

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